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Educação profissional e tecnológica acelera entrada no mercado de trabalho
Quando o assunto é salário, contudo, admite ele, em comparação aos bacharéis, os tecnólogos ainda ganham menos
A educação profissional e tecnológica, que abrange o ensino superior tecnológico e o técnico de nível médio, são, na avaliação de especialistas, alternativas para quem quer acelerar a entrada no mercado de trabalho.
No primeiro caso, segundo explicações do coordenador de Ensino Superior do Centro Paula Souza, Ângelo Luiz Cortelazzo, a aceleração se dá por se tratarem de cursos com tempo de formação menor do que um bacharelado ou uma licenciatura, sendo inclusive uma opção para quem já tem claro com o que quer trabalhar, ou seja, para quem já sabe qual área de determinada carreira gostaria de seguir.
“São oportunidades mais rápidas de entrada no mercado de trabalho porque possuem um tempo de formação menor, já que, ao contrário dos bacharelados, que são generalistas, os cursos superiores tecnológicos são mais focados”, diz.
Salário e empregabilidade
No que diz respeito à empregabilidade, o diretor do Colégio Técnico Industrial da Faculdade de Engenharia da Unesp de Guaratinguetá, Paulo Armando Panunzio, afirma que os cursos tecnológicos ainda enfrentam preconceito por parte das empresas, que, muitas vezes, preferem o profissional que possui um bacharelado, ou mesmo, alguém que possua um curso técnico de nível médio.
Por outro lado, Cortelazzo acredita que na hora da disputa por uma vaga no mercado de trabalho, a vantagem do tecnólogo aumenta, à medida que a vaga for mais específica, sendo destaque os profissionais das áreas de TI ( tecnologia da informação), eletrônica e mecatrônica.
Quando o assunto é salário, contudo, admite ele, em comparação aos bacharéis, os tecnólogos ainda ganham menos, “mas a tendência é de equiparação”.
Nível médio
Já os técnicos de nível médio, de modo geral, não enfrentam problemas de inserção no mercado de trabalho. Pelo contrário, segundo Panunzio, a empregabilidade ultrapassa os 80%.
Segundo pesquisa realizada pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), das dez profissões com maiores índices de perspectivas profissionais até o ano de 2015, cinco são de nível técnico.
Dentre elas, estão os técnicos em produção, conservação e de qualidade de alimentos; os técnicos de produção de indústrias químicas, petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins; técnicos em fabricação de produtos plásticos e de borracha, técnicos florestais e técnicos em manipulação farmacêutica.
Pulo para o curso superior
Na opinião do gerente de Educação Profissional da Firjan, Allain José Fonseca, os cursos técnicos de nível médio, além de representarem uma alternativa de inserção mais rápida no mercado de trabalho, especialmente para adolescentes atrás do primeiro emprego, são um trampolim para os cursos de nível superior.
O coordenador de ensino médio e técnico do Centro Paula Souza, Almério Melquíades de Araújo, concorda e acrescenta que muitas empresas, inclusive, acabam por auxiliar o profissional de nível técnico que deseja crescimento profissional.