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Faturamento da indústria cresce 3,6%, mostra CNI
A ampliação da receita foi seguida de alta nos demais indicadores na comparação com junho.
O faturamento do setor industrial aumentou 3,6% em julho em dados dessazonalizados. Esse desempenho mais que compensou a queda de 1% registrada no mês anterior e indica, conforme avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que a tendência do parque fabril para o terceiro trimestre é de expansão da atividade frente à acomodação verificada entre abril e junho.
A ampliação da receita foi seguida de alta nos demais indicadores na comparação com junho. As horas trabalhadas na produção avançaram 2,6%, o emprego ficou 0,5% maior, a massa salarial real teve alta de 3,6% e o rendimento médio subiu 3,1%. A utilização da capacidade instalada recuou pela terceira vez seguida, encerrando julho em 82,3%.
No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o setor industrial exibe taxas elevadas, após o baque do ano passado. As altas atingiram 11,4% no faturamento, 7,7% nas horas trabalhadas, 4,8% no emprego, 5,6% na massa salarial e 0,8% no rendimento. Com base nesses bons percentuais, que são resultado de recuperação e de comparação com bases deprimidas, a CNI vai elevar de 13,2% para quase 14% a projeção de crescimento do PIB do setor industrial para 2010.
A partir da performance de julho, a CNI avalia que as indústrias seguirão com o nível de atividade em alta também em agosto e setembro. Esse ritmo deverá, segundo a entidade, ser inferior ao verificado no primeiro trimestre, mas superior à acomodação observada no segundo trimestre. Uma expansão em bases elevadas é projetada para o período entre outubro e dezembro.
A CNI não descarta a possibilidade de que haja aumento da utilização da capacidade instalada nos últimos meses do ano. Acrescenta, no entanto, que esse eventual acréscimo não será expressivo a ponto de gerar demanda inflacionária na passagem de 2010 para 2011.
O indicador de uso do parque fabril mostrou ligeiros recuos em maio, junho e julho. Em julho, especificamente, o uso da capacidade encolheu 0,2 ponto percentual frente a junho, em meio a um acréscimo de 3,6% no faturamento e de 1,6% nas horas trabalhadas na produção. Diminuição do uso da capacidade instalada com ampliação da produção indica maturação de investimentos.
A CNI destaca que a materialização dos investimentos está ampliando a capacidade de produção da indústria. Para a entidade, uma conjuntura em que a demanda interna segue aquecida - consumo, emprego e crédito em elevação - e sem riscos maiores de pressão de preços é explicada pela expansão da capacidade produtiva.
Entre os subsetores com os melhores resultados figuram máquinas e equipamentos, montadoras de veículos, indústrias de metal, couro e calçados, confecções e indústria têxtil, indústria química, metalurgia básica e fábricas de material elétrico e comunicação.