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Vendas sobem, porém ritmo começa a diminuir

Em julho, o índice de crescimento, também na comparação anual, havia sido de 12%.

Autor: Stella FontesFonte: Valor Econômico

As vendas domésticas de papelão ondulado devem manter a trajetória de crescimento até o fim do ano, porém em ritmo menor do que registrado entre janeiro e agosto, diante da base mais forte de comparação. Desde janeiro, as expedições do setor mostram expansão mínima de 12% frente ao mesmo intervalo de 2009, mas a velocidade diminui a cada mês - em agosto foi registrada a menor taxa de 2010, de cerca de 10%.

Segundo dados preliminares da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), no mês passado foram comercializadas 213,9 mil toneladas do produto, com alta de 10,34% ante agosto de 2009 e recuo de 1,78% frente a julho. Em julho, o índice de crescimento, também na comparação anual, havia sido de 12%. Em junho, foi de 16,8%. Já no acumulado dos oito meses, a variação é positiva em 17,2%, o equivalente a 1,688 milhão de toneladas.

A redução no ritmo a partir de junho é atribuída à forte recuperação das expedições no segundo semestre do ano passado, com volumes significativamente superiores aos registrados nos seis primeiros meses do ano. Com isso, os índices de crescimento no começo deste ano acabaram influenciados pela comparação com baixos volumes registrados no começo do ano passado, quando a crise econômica ainda estava em seu auge.

Apesar da redução nos índices de expansão, a ABPO se mantém otimista em relação ao desempenho em 2010 e a indústria segue trabalhando com taxas de ocupação superiores a 90%. Caso se confirme a previsão da entidade, que foi revista no fim do primeiro semestre de alta 8% a 9% para 12%, as vendas brasileiras de papelão ondulado alcançarão 2,55 milhões de toneladas, um novo recorde para a indústria.

Na área de embalagens, considerada um termômetro da atividade industrial, também as vendas de papel-cartão têm surpreendido os fabricantes, que apontaram a necessidade de planejamento por parte de consumidores a fim de evitar riscos de desabastecimento.