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Juros ao consumidor devem voltar a subir nos próximos meses

Vai subir pouco, mas vai subir

Autor: Patricia AlvesFonte: InfoMoneyTags: juros

Depois de altas consecutivas, as taxas de juros ao consumidor voltaram a cair  em junho, de acordo com dados da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade). Segundo o coordenador de pesquisas econômicas da entidade, Miguel José Ribeiro de Oliveira, no entanto, a expectativa é de que as taxas de juros voltem a ser elevadas nos próximos meses, por conta da provável elevação da taxa básica de juro – a Selic – hoje em 12,25% ao ano.

Segundo o último relatório Focus, a taxa básica de juro deve fechar este ano em 12,75%. A expectativa,divulgada no início da semana, teve a primeira elevação após nove semanas acreditando que a Selic terminaria o ano em 12,50%.

“Essa alta da Selic, prevista para as duas próximas reuniões do Copom, deve fazer com que as taxas de juros ao consumidor subam em julho e em agosto”, afirma Oliveira. Segundo o economista, de 6,80% ao mês, registrada em junho, a taxa deve chegar a 6,84% em dois meses. “Vai subir pouco, mas vai subir”.

Modalidades de crédito
De acordo com Oliveira, com exceção do cartão de crédito, cujas taxas vêm mantendo estabilidade há um bom tempo, permanecendo no maior patamar desde junho de 2000, todas as demais taxas devem subir.

“Aquelas com maior risco, como cheque especial, por exemplo, devem ter as maiores altas, mas todas as modalidades devem ter aumento”, revela.

Para o economista, no entanto, um fator pode fazer com que as taxas, principalmente o CDC usado na compra de automóveis, diminua. “Vai depender da competição do setor. Caso os estoques das montadoras permaneçam altos, pode ser que haja uma redução destas taxas para incentivar a compra de veículos”, pondera.

2011
Apesar de acreditar em altas no curto prazo, Oliveira estima que as taxas devem voltar a cair no final do ano. Segundo ele, o movimento deve ser de alta em julho e agosto, manutenção em setembro e outubro e redução em novembro e dezembro.

“Com o aumento da renda da população, por causa de 13º salário no final do ano, e procura maior por crédito, tradicional no período, as taxas voltar a cair nos últimos meses do ano, mesmo que a Selic se mantenha no mesmo patamar de agosto”, finaliza.